Do UOL, em Brasília
A Justiça do Distrito Federal negou recurso da defesa do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e manteve a sua condenação e de outros sete réus por formação de quadrilha e tráfico de influência.
A decisão, tomada na quinta-feira (29), é da 2ª Turma do TJ-DF. Cachoeira havia sido condenado a 4 anos e 1 mês de prisão em 2012, além de multa.
Os crimes foram investigados a partir da Operação Saint Michel, deflagrada pela Polícia Federal como desdobramento da Operação Monte Carlo, que desarticulou um grupo criminoso que explorava jogos de azar em Goiás liderado por Cachoeira.
Depois de surgirem indícios, no curso das investigações, do envolvimento de autoridades do Distrito Federal com a quadrilha de Cachoeira, a polícia realizou a operação Saint Michel, que apurou denúncias de fraudes na licitação de bilhete eletrônico no transporte público de Brasília.
A defesa de Cachoeira já apresentou novo recurso à decisão da 2ª Turma, os chamados embargos de declaração, mas que não têm poder de reverter a condenação, apenas questionar eventuais contradições na decisão.
Outra condenação
Cachoeira já foi condenado a 39 anos de prisão pela Justiça Federal de Goiás por conta dos crimes investigados pela operação Monte Carlo, incluindo formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público), violação de sigilo e corrupção.
Cachoeira chegou a ficar preso por alguns meses, mas conseguiu um habeas corpus para responder aos processos em liberdade.
A relação de Cachoeira com políticos e empresários da região também foi alvo de uma CPI mista no Congresso, formada por senadores e deputados, mas que terminou sem indiciamentos.
No entanto, o envolvimento dele com o então senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) acabou levando à cassação do parlamentar em julho de 2012.
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