Por Wellington Bahnemann | Estadão Conteúdo
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou na noite desta quarta-feira, 5, que os garis que voltarem a trabalhar até esta quinta-feira (6) terão suas demissões canceladas. A categoria está em greve desde o último sábado, mas, segundo Paes, praticamente todos os profissionais já voltaram ao trabalho. Dos cerca de 16 mil garis que prestam serviço ao município, apenas 300 continuam parados, disse o prefeito. Mas boa parte daqueles que voltaram ao trabalho estão sendo ameaçados para que não retomem a função. Por isso, segundo Paes, a partir de 0h desta quinta todos os 300 caminhões da Comlurb (empresa de limpeza urbana) serão escoltados por seguranças privados contratados pela prefeitura.
A escolta será mantida por tempo indeterminado, e Paes não soube dizer o custo do serviço. "O problema não é a ausência de garis, mas sim a coação. E não há limite para dar segurança aos garis", afirmou. Paes afirmou que pessoas armadas foram flagradas nos últimos dias coagindo garis a não trabalhar. Segundo ele, ônibus que transportavam funcionários da Comlurb para o sambódromo durante os desfiles de carnaval chegaram a ser interceptados por pessoas armadas que tentaram impedir a ida dos garis ao local onde iriam trabalhar. O prefeito não soube dizer que tipo de arma essas pessoas usavam. Na ocasião, ninguém foi preso, mas nesta quarta houve quatro detenções por ameaças aos garis. Paes afirmou que, desde o início de sua gestão, em 2009, os garis já tiveram aumento salarial de 89%.
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