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quinta-feira, 20 de março de 2014

Por que a casa própria é mau negócio para os recém-casados

Recém-casados: lugares-comuns e pressões familiares podem levar casal a se endividar acima de suas possibilidades

O lugar-comum de que “quem casa quer casa” pode não ser uma boa ideia, ao menos não nos primeiros anos de união. É o que pensa o planejador financeiro certificado (CFP) e sócio da Soma Invest Janser Rojo, que defende que a compra da casa própria pode ser um péssimo negócio para os recém-casados.

Segundo Rojo, muitos recém-casados que entram em um financiamento para já começar a vida de casados na casa própria o fazem mais por hábito que por uma real necessidade. Sem planejamento, acabam tomando a pior decisão financeira.

“O casal que acaba de se casar se deixa levar por esse pensamento, pois é cobrado pela família. Só que esse é um pensamento antigo que pode levar o casal a uma armadilha, em vez de priorizar a qualidade de vida”, diz Rojo.

O planejador defende que pode ser mais vantajoso morar de aluguel no início e poupar para dar uma entrada maior do que se endividar logo no início da vida de casados.

Para definir a entrada ideal, o casal deve primeiro fazer um orçamento e determinar qual seria a quantia confortável para se destinar à moradia.

“Se um aluguel de 2 mil reais for confortável, então o ideal é que este seja o valor máximo da parcela do financiamento”, diz Rojo. A partir daí, o casal simula o valor de entrada necessário para pagar essa parcela no financiamento do tipo de imóvel desejado.

“O valor da entrada depende muito da taxa de juros, mas costuma girar entre 30% e 40% do valor do imóvel”, afirma o sócio da Soma Invest.

Veja a seguir os principais motivos que fazem a compra da casa própria se tornar uma armadilha para os casais recém-casados:

1 - O casal pode não ser capaz de dar uma boa entrada

Se o casal não for capaz de dar uma boa entrada, ele se endividará por um prazo muito longo e, possivelmente, pagará juros mais elevados do que conseguiria se a entrada fosse maior. Isso pode resultar em uma parcela inicial mais alta do que um eventual aluguel.

Rojo dá o seguinte exemplo: um apartamento vendido por 400 mil reais, financiado em 30 anos com uma entrada de 10% (40 mil reais) resultaria em uma parcela inicial de 3.592 reais. Após as três décadas, o total pago pelo imóvel chegaria a 876.858 reais, com as taxas de juros.

O planejador lembra que essa quantia corresponde a mais que o dobro do preço do imóvel. Isso não significa que o casal deva esperar até ter todo o dinheiro para pagar o imóvel à vista, até porque, dependendo da renda, esse processo pode levar muito tempo. Julia Wiltgen, de 

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