Dez policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram condenados a um total de 968 anos de prisão pela morte dos presos do quarto andar do Pavilhão 9 do Carandiru, em 2 de outubro de 1992. A decisão foi proferida pelo juiz Rodrigo Tellini às 19h15 desta quarta-feira (19). Enquanto nove PMs tiveram cada um pena de 96 anos, um deles foi condenado a 104 anos de reclusão por maus antecedentes. Inicialmente, a acusação era de que os policiais eram responsáveis pela morte de 10 dos 111 detentos mortos no massacre, mas, ao fim do julgamento, os jurados consideraram a culpa por oito homicídios, devido ao pedido de absolvição por duas mortes feito pelo Ministério Público na terça-feira (18). Apesar da defesa de que os policiais não tinham alternativa a não ser entrar no terceiro andar – e não no quarto, como diz a acusação – atirando, a sentença foi baseada na tese de que os policiais do Gate agiram no quarto andar com abuso de violência. “Não confundam estrito cumprimento do dever legal com agir arbitrariamente e de forma ilegal", pediu o promotor Márcio Friggi aos jurados do caso. O julgamento do massacre do Carandiru foi dividido com base nos andares do Pavilhão 9, onde ocorreram os crimes. No ano passado, foram condenados 48 policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), pelo 1º e 2º andar, que recorrem da decisão em liberdade. Com informações do jornal Folha de São Paulo. Foto: Agência Estado
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