O governo Lula chegou a anunciar que o Brasil seria o maior produtor mundial de etanol, estimulou investimentos bilionários na área e agora a ambiciosa política que montou está em ruínas, com desinvestimentos, prejuízos e quebra de usinas. No RS, quem entrou na bravata do governo do PT acabou se dando muito mal. Leia tudo no material a seguir da Folha de ontem:
O controle do preço da gasolina é um dos responsáveis pelo retrocesso do setor de etanol no Brasil. Ao lado dos problemas climáticos e da crise de 2008, a política do governo na área energética, que também cria problemas para a Petrobras, desestimula os investimentos no setor.
Parece mais uma queixa dos usineiros, mas a análise é de um dos especialistas mais respeitados no setor de energia do mundo.
Segundo Antoine Halff, chefe da divisão de Mercados da Agência Internacional de Energia (AIE), apesar das dificuldades, o país será um grande fornecedor global de etanol e petróleo no futuro.
Folha - Apesar do potencial do Brasil em etanol, há desinvestimentos no setor. Qual é o principal entrave?
Antoine Halff - É uma combinação de fatores. Isso reflete problemas climáticos, que reduziram as safras recentes, o impacto da crise financeira na indústria --muitas quebraram-- e ainda há uma herança do alto endividamento do setor. Mas também há um fator político para essa desaceleração que tem a ver com a política de preços para a gasolina. Esse conjunto tornou mais difícil para o etanol competir com a gasolina;
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