Prateleira de caixas de leite em supermercado (Victor Soares)
O Ministério Público deflagrou, nesta sexta-feira, a Operação Leite Compen$ado 4, que visa combater fraudes e adulterações na cadeia produtiva do leite. O órgão executou mandados de busca e apreensão em oito municípios do Rio Grande do Sul. Entre os produtos apreendidos estavam 600 quilos de soda cáustica, afirmou o MP. Outros produtos encontrados foram o formol, que é cancerígeno, e a água oxigenada.
O principal foco das investigações é o posto de resfriamento do laticínio O Rei do Sul, localizado na cidade de Condor. O proprietário do estabelecimento, Odir Pedro Zamadei, foi preso sob a acusação de receber, armazenar e distribuir o leite adulterado. Zamadei é reincidente: ele foi condenado pelo crime de adulteração em 2007.
Segundo o MP, cerca de 300 mil litros de leite adulterado das marcas Parmalat e Líder chegaram a ser vendidos aos estados de São Paulo e do Paraná, especificamente nas cidades de Guaratinguetá (SP) e Lobato (PR). As duas marcas envolvidas pertencem à empresa LBR.
Em nota, a empresa afirmou que os lotes mencionados pelo MP haviam passado nos testes previstos pela legislação. "Assim que tomou conhecimento da possível contaminação na matéria-prima utilizada na fabricação de seus produtos, decidiu como medida preventiva, mesmo sem ter identificado anormalidades nos sucessivos testes realizados, recolher os lotes de leite UHT do mercado", afirmou a empresa.
Os produtos que deram dor de cabeça aos consumidores
No Brasil ou no exterior, os problemas estão relacionados às falhas em uma das etapas dos processos de produção ou às fraudes. Relembre alguns casos recentes
Em maio de 2013, o Ministério da Justiça e o Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagraram uma operação que adulterava o leite produzido pelas companhias Italac, Mumu, Líder e Latvida. Investigações confirmaram que as empresas transportadoras acrescentavam formol no lotes durante o processo de transporte do leite cru, antes mesmo de ele ser envasado. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (SENACON/MJ) notificou as empresas a prestarem esclarecimentos após as investigações. http://veja.abril.com.br
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