A presidente Dilma Rousseff pagou pra ver e perdeu. A derrota desta noite foi um recado de toda a sua base de apoio na Câmara e não somente do PMDB.
Numa lavada, 267 deputados apoiaram a criação de uma comissão para ir à Holanda acompanhar investigação sobre suposta corrupção na Petrobras.
Apenas 28 ficaram contra, 15 se abstiveram e 89 ficaram em obstrução. Ou seja, a favor da presidente podem ser contabilizados 132 votos.
É um placar desconfortável para o Palácio do Planalto. Na Câmara, a derrota está sendo atribuída a um erro de avaliação da presidente e do seu núcleo político: os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o presidente do PT, Rui Falcão. Compraram uma briga sem avaliar as consequências.
O resultado da noite transforma o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), numa figura nacional e que pode galvanizar a insatisfação dos deputados com o governo e levar Dilma a sofrer novas derrotas no Congresso.
Uma pessoa com experiência no Congresso descreveu assim a estratégia de Dilma: “Em vez de ela chamar o pessoal todo para um chá ou um café, chamou para o ringue. Aí, o pessoal teve de reagir”.
Frase infeliz
“O PMDB só me dá alegrias”, disse a presidente à tarde no Chile. A declaração não pegou bem no Congresso e ajudou Eduardo Cunha a angariar mais apoio para derrotar o governo. A leitura de peemedebistas da Câmara e do Senado é que a presidente exagerou na ironia. Fonte: blogdokennedy.com.br
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