O pré-candidato à presidência da República e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, considerou, durante evento da aliança PSB-PPS-Rede em Salvador, que uma “série de desacertos” do governo Dilma Rousseff no comando da Petrobras poderia ser parte de um movimento para resultar na venda completa da estatal. “Às vezes me pergunto se não é parte de um jogo para desvalorizar e vender a Petrobras”, sugeriu o presidenciável, durante a plenária dedicada a lideranças e militantes das três siglas no Nordeste. O socialista também afirmou, ao ser questionado por jornalistas, que a saída do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, com a suspeita de superfaturamento na compra de uma refinaria em Pasadena (EUA), não é suficiente para solucionar a crise atual. “Nos últimos três anos, nós vimos a Petrobras valer metade do seu valor na bolsa. Vimos a dívida multiplicada por quatro. O preço do combustível atingir direto o programa do etanol. (...) A gente não pode achar que saindo uma pessoa vai resolver uma situação como essa”, avaliou. “Achamos que é fundamental que haja esclarecimentos sobre as questões que estão sendo levantadas. Ao mesmo tempo, temos a preocupação com a Petrobras. A Petrobras não pertence a esse governo, pertence ao povo brasileiro”, defendeu o gestor. Segundo o presidente nacional do PSB, a bancada da sigla já subscreveu pedido no Senado para que a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, prestem esclarecimentos a parlamentares da Casa e disse ser favorável a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), caso as explicações declaradas pelas autoridades não forem suficientes. Foto: Betto Jr. / Ag Haack/ Bahia Notícias
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