O ministro de Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo afirmou em visita oficial a Madri nesta terça-feira (18) que o Brasil está atuando nos bastidores para fomentar o diálogo entre o governo e a oposição da Venezuela.
Figueiredo informou que trabalha conjuntamente com outras nações da Unasul| Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Segundo o chefe da diplomacia brasileira, as “críticas [pela falta de engajamento do Brasil] são feitas porque às vezes tudo o que se faz não necessariamente poderá ou deverá em algum momento vir a público, mas [...] isso não quer dizer que estejamos alheios ao que se passa”.
Figueiredo ainda informou que o país busca trabalhar em conjunto com as outras nações da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) dentro deste tema. O ministro confirmou que participará da comissão de chanceleres do organismo internacional irá mediar o diálogo na Venezuela e que deve viajar ao país na próxima semana. Para ele, é fundamental que todas as partes estejam abertas para negociar, tanto o governo como a oposição e que o principal papel do Brasil será o de apoiar um “diálogo amplo e nacional”.
O ministro brasileiro respondeu às perguntas dos jornalistas sobre a Venezuela em uma coletiva de imprensa em Madri, capital da Espanha. Durante sua visita ao país europeu, Figueiredo se reuniu com o presidente do governo espanhol Mariano Rajoy e nesta terça-feira com José Manuel García-Margallo, ministro de Assuntos Exteriores e de Cooperação da Espanha.
Entre os temas discutidos pelos dois chanceleres, García-Margallo destacou o interesse da Espanha em mediar o acordo comercial que o Brasil, junto com outros membros do Mercosul, está negociando com a União Europeia. O ministro espanhol também afirmou que os dois países estão estudando um projeto para a construção conjunta de plataformas petrolíferas em estaleiros brasileiros e espanhóis, estes últimos situados na região espanhola da Galícia.
No fim da entrevista, questionado sobre se o Brasil apoiaria a candidatura da Espanha para integrar o Conselho de Segurança da ONU para o período de 2015 e 2016, Figueiredo disse que existe “uma simpatia natural entre os dois países”, mas que o Brasil ainda tinha tempo para pensar qual posição tomaria. Fonte: Opera Mundi
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