O martelo ainda não foi batido oficialmente pelo governador Jaques Wagner (PT), mas todos os ventos sopram a favor do deputado federal João Leão, do PP, para ocupar o tão concorrido posto de vice do pré-candidato governista Rui Costa (PT).
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), que ainda nutria a esperança de ser o escolhido, declinou. E agora, pela primeira vez aceitou a realidade de que não terá o seu nome como representante na majoritária para o pleito deste ano.
Neste domingo (16), o pedetista confirmou que o pepista Leão foi o agraciado pela escolha do PT, mas disse que não digeriu a escolha, principalmente ao levar em consideração a justificativa pela preferência por tamanho partidário.
De acordo com o presidente do legislativo baiano, o PP de Leão não é maior que o PDT dele e para provar, ele fez uma rápida conta em que os pepistas surgem com três deputados federais, cinco estaduais e 55 prefeitos, enquanto o PDT aparece com dois federais, os mesmo cinco estaduais e 46 prefeitos, porém conta com um senador além da presidência do legislativo baiano. Para Nilo, o peso do Senado e dos apoios que recebeu dos parlamentares estaduais vale mais.
O pedetista também acredita ter mais prestígio, legitimidade e representatividade dentro da Bahia do que o escolhido Leão, que trabalha mais por Brasília. “Eu topo a disputa por qualquer critério, menos os que apresentaram para a imprensa. Eles deveriam convocar um evento do PP e outro do PDT, aquele que colocasse mais prefeitos para apoiar Rui venceria. Aí eu aceitaria a derrota”, sugeriu.
Mesmo com todos os dedos apontando para Leão, Nilo disse que não foi comunicado oficialmente pelo governador a escolha do PP, mas a experiência de seis mandatos como deputado e quatro de presidente da Alba lhe fazem acreditar nos rumores: “Não sou menino amarelo. Sei que minhas chances são nulas, mas vou aguardar o comunicado oficial que vai sair até o fim do mês”.
Diante do quadro já formado com Rui Costa como pré-candidato, João Leão como vice e Otto Alencar para o Senado, resta para Marcelo Nilo a disputa para o posto de deputado. Ele garante que vai discutir com os aliados políticos qual caminho deverá trilhar: o dá reeleição para a Alba, ou se lançar para Brasília. “Prefiro ficar na Bahia, mas vou avaliar a possibilidade de me candidatar para federal”, informou.
Para o governador Jaques Wagner, que neste domingo comemora aniversário, Nilo desejou muitos anos de vida e garante que a escolha pelo critério político por João Leão não abalou a amizade, que segundo ele, é fraternal. Perguntado sobre a possibilidade de abandonar o barco petista, o pedetista preferiu não se comprometer e disse que vai seguir a orientação da sigla. “Eu vou com o meu partido. Essa pergunta deve ser feita para Carlos Lupi (presidente nacional) e Félix Mendonça Jr. (presidente estadual)”. Redação: CN*Informação: Bocão News
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