A origem do cacau, segundo a história que é contada pelos povos pré-colombianos, se deu quando o deus asteca dos ventos gelados e da lua prateada, Quetzalcóatl, ofereceu aos seres humanos um presente: sementes de um fruto mágico, que era capaz de repor a energia das pessoas, aliviando o cansaço. Quetzalcóalt foi aos campos luminosos do Reino dos Filhos do Sol e roubou as sementes da árvore sagrada, o cacaueiro.
Plantação de cacau - cacaueiro
Os sacerdotes astecas foram os primeiros a cultivarem a árvore do cacau. Os frutos estavam intimamente ligados à religiosidade, devido à lenda. Das favas desses frutos, os astecas produziam uma bebida amarga que, segundo a crença, possuía "poderes especiais" e só podia ser tomada em taças de ouro.
Fernando Cortés - conquistador espanhol - quando chegou ao México em 1519, teve contato com a bebida dos astecas. Em carta ao rei Carlos V, Cortés relatou as propriedades energéticas da maravilhosa bebida: bastava uma taça daquele precioso líquido para que a pessoa recuperasse a energia perdida em um dia de caminhada, sem necessidade de qualquer outro alimento. Cortés afirmou que o imperador dos astecas, Montezuma, nunca se servia da bebida sagrada na mesma taça de ouro. Mais do que uma demonstração de riqueza, tal prática provava a enorme reverência que os astecas tinham pela bebida.
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