por Samuel Celestino / http://www.bahianoticias.com.br
De repente, emerge o inesperado (ou não?) envolvendo o PT no mensalão mineiro que alcança, em primeiro plano, o deputado federal Eduardo Azeredo, que ocupou o governo de MG. Ministro do Desenvolvimento, o petista Fernando Pimentel, já fora do cargo há poucos dias, esteve envolvido em problemas que davam conta de um vertiginoso enriquecimento a partir de uma consultoria. O caso não foi adiante. Ele é muito amigo de Dilma Rousseff e esteve preso com ela na época da ditadura militar. Pimentel deixou como presente ao seu sucessor no ministério que ocupava um cidadão que esteve envolvido no mensalão do PSDB, Afonso Bicalho, que fora contratado pelo BNDES. Bicalho presidia o Bemge – Banco do Estado de Minas Gerais – e teria participado do mensalão do qual Azeredo estaria à frente, quando explodiu o escândalo em 1998, em eleição na qual Azeredo era candidato à reeleição ao governo mineiro. Perdeu a eleição. Pimentel ficou mal na história, mas ao que parece é, supostamente, veterano em assuntos como tais. Bicalho Passou a ser réu do processo na medida em que o banco que presidia teria transferido R$ 500 mil para a empresa publicidade de Marcos Valério, corrupto há décadas, através da sua agência, SMP&B.
Pimentel fica muito mal no caso. Ele foi lançado pelo PT como candidato a governador em Minas e agora sua seara ficou complicada. Como enfrentar uma campanha eleitoral carimbado por acolher Bicalho no ministério em que esteve à frente? Ademais, Lula estará presente no lançamento da sua candidatura, o que será do agrado de Azeredo na medida em que piora o quadro. Até aqui, Afonso Bicalho está bem na sua. Não levanta da macia cadeira em que esta aboletado no Bndes, consequentemente não entrega o cargo. Pimentel tem o dever de pedir a Dilma que o retire de lá. Porque Minas vai ferver.
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