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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Prisões que mais parecem hotéis

Nos últimos dias, o Brasil tem acompanhado horrorizado o caos do sistema carcerário no Maranhão. Dentro da própria cadeia, uma terra sem lei.
O estado não é o único do país a sofrer com violência, superlotação e estrutura precária. Atualmente, o Brasil é o 4º país do mundo com mais presos: quase 550 mil.
Em outros lugares do mundo, contudo, a situação é o extremo oposto: presídios seguros, com boa infraestrutura e chamados de “humanizados” – justamente por reabilitar o preso, não piorá-lo.
Comparado com os cárceres com os quais os brasileiros estão acostumados, esses lugares beiram o surreal e mais parecem colônias de férias ou hotéis.

1. Bastoy Prison, na Noruega
Fundada em 1982, está localizada em uma ilha no sul da Noruega e conta com cerca de 115 prisioneiros, inclusive assassinos.
Por lá, não existem cercas ou guardas armados. Os detentos têm as chaves de todas as portas e trancas.
Eles têm acesso a praias, cavalos e até uma sauna. Além disso, podem ligar para seus familiares sempre que quiserem.
Das 71 pessoas que trabalham na ilha, poucos são guardas. Três ou quatro ficam vigiando os presos durante a noite e não carregam armas.

Há uma praia onde os prisioneiros tomar sol no verão e pescam. Para se exercitar, uma quadra de tênis.
Muitos vivem em pequenas cabanas de madeira pintadas de vermelho, onde há televisão, computador e livros. Outros vivem em um grande alojamento chamado "The Big House": uma mansão branca, no topo de uma colina, semelhante a um dormitório de faculdade.
No jantar, eles têm um menu vasto: podem escolher entre peixe, salmão, camarões e frango.
A ideia é que a ilha funcione como uma pequena vila autossustentável. Há vacas, galinhas, pastos e plantações. Os presos trabalham para ganhar seu próprio sustento.

Todos trabalham das 8h30 às 20h30 e recebem por isso. Alguns cuidam dos animais, outros cuidam do jardim e do bosque. Eles trabalham sem a vigia de guardas.
Também há uma escola e uma biblioteca, onde eles podem ter aulas de computação, por exemplo.
A fuga é muito fácil: os barcos não são vigiados e a faixa de água que separa a ilha da costa não é extensa. Contudo, os presos preferem não fugir. Eles sabem que a pena pode ser aumentada e podem ser transferidos para um presídio de segurança máxima.
O resultado: apenas 16% dos presos da ilha voltam a cometer um crime (a média nacional é de 20%; nos Estados Unidos, a reincidência é de mais de 40%).

2. Halden Prison
Localizada no sudoeste da Noruega, na cidade de Halden, a Halden Prison foi inaugurada em 2010 e conta com cerca de 250 presos.
A prisão tem muros, mas por dentro há muitas áreas verdes e espaços de convivência. Os presos são estimulados a gastar a maior parte do tempo fora de seus quartos.
Apesar de ser a segunda maior prisão da Noruega e ser de segurança máxima, nenhuma das janelas do prédio possui grades

Para estimular o bom comportamento dos presos, a instituição gastou cerca de um milhão de dólares em fotografias, pinturas, grafitis e instalações de arte.

Há um estúdio de música, onde eles podem aprender mixagem e fazer gravações. Também há aulas de violão e piano.

Já na cozinha, eles têm aula de nutrição e culinária.

3. Leoben Justice Center, na Áustria

O Centro de Justiça da cidade de Leoben, na Áustria, foi criado em 2004.
O prédio é uma obra-prima da arquitetura: foi desenhado pelo arquiteto Josef Hohensinn.

O prédio abriga cerca de 205 condenados.

Cada preso tem seu quarto com banheiro, pequena cozinha e televisão. Eles podem circular livremente pelas celas e pelos espaços de convivência.

Há diversos espaços sem barras de segurança. 

Há salas de convivência, biblioteca e três campos com árvores e bancos.

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