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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Primeiro pulmão de laboratório é produzido nos EUA

Pela primeira vez, um grupo de cientistas norte-americanos conseguiu criar com sucesso pulmões humanos em laboratório.
A "produção" de órgãos em ambiente laboratorial é um dos maiores objetivos dos pesquisadores para reduzir o problema das longas listas de espera para transplante. 
Os especialistas da University of Texas Medical Branch (UTMB), nos EUA, utilizaram um pulmão danificado, que serviu de molde ao novo órgão.
"Removemos todas as células, todo o material existente dentro do pulmão, e deixamos apenas o esqueleto, as partes que já não eram células", explica Joaquin Cortiella, um dos coordenadores da pesquisa, em nota.
Segundo Joan Nichols, outra das cientistas envolvidas no processo, esta retirada das células explica o fato de o pulmão artificial ser "bonito e não apresentar quaisquer sinais de sangue".
Em seguida os pesquisadores voltaram a acrescentar células de outro pulmão que não podia ser usado para transplante, mas era ainda parcialmente viável.
Finalmente, a estrutura foi colocada numa grande câmara cheia de um líquido que proporcionou às novas células os nutrientes necessários para crescerem.
Depois de cerca de quatro semanas, nasceu um pulmão humano.
"Demorou um ano até que provássemos a nós próprios que fizemos um bom trabalho. Não podíamos gritar ao mundo que tínhamos feito algo fantástico, até termos provado a nós mesmos", confessa Nichols, que acrescenta que os pulmões de laboratório são muito semelhantes aos verdadeiros, apenas "mais cor-de-rosa, mais suaves e menos densos". 
De acordo com Joaquin Cortiella, "o mais entusiasmante é a possibilidade de reduzir o tempo que as pessoas têm de esperar por um transplante de órgãos".
Mas ainda será preciso esperar pelo menos 12 anos até que estes pulmões possam ser criados para serem usados com segurança em transplantes em humanos.
Dentro de dois anos, os pesquisadores esperam começar a testá-los em animais.
Os transplantes de pulmão estão entre os procedimentos mais arriscados e perigosos e, embora a taxa de sobrevivência ao fim de um ano seja tipicamente alta (entre 90 a 94%), esta taxa cai significativamente cerca de cinco anos depois do transplante, em particular devido à rejeição crónica, que faz com que as vias respiratórias se deteriorem. Com informações do Boas Notícias. 

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