Esta semana dois casos de abuso sexual contra menores que poderiam ter tido um outro final, mas que terminaram bem, porque a família interferiu. Elas estavam atentas e evitaram o pior. A mãe desconfiou da conversa na internet. “Ele queria saber se meu filho estava sozinho”, ela lembra. A irmã se surpreendeu com a troca de mensagens do irmão de 15 anos com um professor de matemática. “Mesmo que você seja de menor meu interesse por você é uma coisa além de ser um simples aluno, eu quero algo mais com você”, ela conta. O que elas fizeram? Como agiram? Irmã: Ele começou a aparecer com roupas, objetos e coisas materiais e começou a dúvida de onde ele trazia tanto dinheiro, toda semana. A irmã achou que o irmão estava envolvido com drogas. Vasculhou o computador e descobriu que não era isso. Irmã: De todas as conversas, foram 4 mil conversas que eu achei com esse professor de matemática. Vi conversas maliciosas, vi imagens pornográficas dos alunos. Primeiro ele começou a oferecer nota. Se você me trouxer tal imagem, se você me trouxer CD, se você me trouxer fotografias da região assim e assado, eu aumento sua nota. Depois, ele pediu para ir até a casa dele e já estava oferecendo dinheiro para que tivesse relação com ele. Nas primeiras ofertas, o adolescente negou. Mas o professor insistiu, ofereceu dinheiro. O professor e o aluno são de uma escola estadual em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. O professor confessou, em depoimento à polícia, que fez sexo com o adolescente. As investigações apontam que ele se relacionou também com pelo menos outros três jovens de 15 e 16 anos que também estudam no local. O professor recebia fotos íntimas dos estudantes, antes de se encontrar com eles. Em uma mensagem de 14 de novembro de 2013, o professor pergunta: "Quem da sua sala você acha que viria aqui com você? Por dinheiro". Irmã: O professor pedia também que o meu irmão excluísse todos os meios de comunicação que eles tiveram, para que ninguém pegasse, os pais pegassem. Mas as mensagens não foram apagadas. E a irmã entregou tudo à polícia. Na última segunda-feira, o professor Cleilson Feitosa foi preso pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente: “Possuir, armazenar, fotos, vídeos com cenas de cunho sexual ou pornográfico, envolvendo adolescentes e também por instigar, por induzir, por favorecer a prostituição infantil. Eu reputo como terrível essa conduta, porque a obrigação do professor é educar, é ensinar, não aliciar, não abusar do adolescente”, diz a delegada Ancilla Vega. Cleilson não tem advogado. Ligamos para a família dele. Ninguém quis falar. Em nota, a Secretaria de Educação diz que: "Providencia a documentação para que seja oficializado o afastamento do professor". E que vai acompanhar alunos e funcionários. Em Piracicaba, interior de São Paulo, outro homem foi preso por crime sexual, também na segunda-feira. Jefferson Aversa Galvão, de 20, tentava aliciar um menino de 10. A mãe da criança ajudou a prender o pedófilo.
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