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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Império ‘verde e amarelo’ de Eike vai para múltis

Marcos Issa/Bloomberg
O empresário Eike Batista: fim do império verde e amarelo
Rio de Janeiro - A derrocada do grupo X enterrou o projeto de construção de um império industrial verde e amarelo.
Sem crédito na praça, Eike Batista acabou encontrando em investidores externos a solução para uma saída honrosa das companhias que idealizou, mas não tirou do papel.
O saldo até aqui inclui a transferência de ativos ou participações a sete grupos: a turca Yildirim, a alemã E.On, a americana EIG, a suíça Acron, a argentina Corporación América, a holandesa Trafigura e o Mubadala, fundo soberano de Abu Dabi.

Apontado muitas vezes como megalomaníaco, Eike resgatou a imagem do empreendedor nacionalista e o "espírito animal" constantemente evocado pelo ministro Guido Mantega em momentos de crise.
Carismático, imprimia um tom ufanista a seus discursos e encerrava fatos relevantes de suas empresas com expressões como "Viva o Brasil!".
Se tivesse entregado o que prometia, o País teria hoje uma "mini-Petrobrás" (a petroleira OGX), uma "mini-Vale" (MMX), a "Embraer dos mares" (OSX) e o "Roterdã dos trópicos" (Porto do Açu).

Antes de cair em descrença, o controlador da EBX recebeu elogios do Planalto e amealhou forte capital político, além do apoio de banqueiros e a admiração de seus pares na indústria nacional.
A pergunta no ar é por que nenhum grupo nacional disputou para valer os ativos ofertados em meio à crise do grupo?
Alguns deles acabaram vendidos na chamada "bacia das almas". Foi o caso das minas de carvão da CCX na Colômbia, que serão alienadas ao grupo turco Yildirim por US$ 125 milhões.

O acordo divulgado no dia 3 tem valor 72% inferior ao que constava no memorando assinado entre as duas companhias em outubro. O montante de US$ 450 milhões estava sujeito à análise operacional do negócio e acabou reduzido, revelando a fragilidade do projeto.
X da questão. Para Cláudio Frischtak, sócio da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, um dos X da questão está justamente no fato de muitas dessas companhias ainda serem pré-operacionais.
Isso se soma a um momento em que o investidor brasileiro está com o freio de mão puxado diante da economia menos aquecida, do cenário de indefinição política e de juros em alta, abrindo a janela para aplicações financeiras em detrimento de apostas no setor real.

"Há uma percepção de risco alta em relação a empresas que não performaram. Depois da maior debacle da história empresarial do País, as pessoas estão mais cautelosas. É mais difícil um ‘projeto de papel’ decolar", diz FrischtakMariana Durão, do 

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