Com nível de chuvas abaixo da média, a vazão dos rios que alimentam os reservatórios e usinas do Sudeste e Centro-Oeste atingiu a menor marca da história.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, em janeiro os rios registraram um volume de água de 53,4% da média histórica. Esse foi o menor percentual para todos os meses desde 2000, quando o ONS marca os dados sobre a chamada "energia natural afluente", que trata da água que está nos rios, chega às barragens e é usada na geração de energia.
Nem no ano do racionamento o índice registrado foi tão baixo, ficando em 72,4% em janeiro de 2001.
Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe e ex-presidente da Eletrobras, consultado pela Folha, a situação é preocupante, uma vez que já estamos em meados de fevereiro, e as chuvas ainda não chegaram.
Um agravante é o fato de o consumo ter tido aumento recorde em janeiro. A carga gerada pelas usinas cresceu 9,4% em comparação a janeiro de 2013 no Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorre 60% da demanda.
O especialista aponta que a situação dos reservatórios ainda é melhor do que em 2001 e não há risco iminente de falta de água. No entanto, aponta a necessidade do governo investir em uma campanha de conscientização para economizar energia.
Pinguelli ainda alerta que, ao contrário de 2001, agora há o "seguro" das térmicas, mas o uso onera as contas de energia, além de obrigar o Tesouro a arcar com a despesa extra. Segundo a reportagem, no último leilão de usinas a serem construídas, o custo da termelétrica era, pelo menos, 60% mais alto do que o de uma hidrelétrica. (Com informações da Folha de S.Paulo) do BOL, em São Paulo
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