O BISPO FRANZ-PETER TEBARTZ-VAN ELST (FOTO: CHRISTLICHES MEDIENMAGAZIN PRO)
No final do ano passado, o bispo alemão Franz-Peter Tebartz-van Elst ficou famoso após a revelação de que ele teria gasto cerca de 31 milhões de euros (mais de R$ 90 milhões) da igreja na construção de sua residência. Em outubro, o bispo foi afastado pelo Papa Francisco para que as denúncias fossem apuradas. A história voltou à tona hoje (17/2) após um jornal alemão divulgar que a fortuna gasta pelo bispo em 'luxo' e reformas supérfluas foi desviada de instituições de caridade.
Uma delas, segundo o Süddeutsche Zeitung, seria a fundação alemã St Georgswerkes, ligada à arquidiocese local e que dava assistência à famílias e crianças pobres. Fundada em 1949, a St Georgswerkes não está mais ativa hoje. O jornal também afirma que a investigação indica que o montante desviado pelo bispo pode mesmo ser superior ao divulgado e chegar a 40 milhões de euros (cerca de R$ 131 milhões). Além disso, Tebartz-van Elst ainda continua defendendo não ter feito 'nada que justifique a demissão'. A expectativa da imprensa alemã é que a Igreja revele o resultado da inquérito na próxima quarta-feira.
Entenda o caso
Há três anos, o bispo da diocese de Limburgo, no oeste da Alemanha começou a construção de uma nova casa, ao lado da catedral onde realiza suas missas. A estimativa inicial do projeto já era alta, de US$ 7,5 milhões. Mas detalhes acrescentados por Tebartz-van Elst, como uma banheira de US$ 20 mil, roupeiros de até US$ 480 mil e pisos de mármore, fizeram o preço subir ainda mais. O bispo admitiu ter usado o dinheiro da Igreja para reformar sua casa, mas alegou que o valor foi alto porque ele precisou restaurar outras 10 construções para modificar sua residência, para cumprir uma lei de preservação histórica.
No dia 23 de outubro de 2013, o papa Francisco ordenou que o bispo se afastasse momentaneamente da diocese. Na época, a Santa Sé afirmou que uma comissão seria criada para realizar "um profundo exame sobre a construção da sede episcopal".
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