Pensar sobre a morte pode fazer bem à saúde. Uma análise de estudos publicada na versão online da edição de maio do periódico Personality and Social Psychology Review demonstra que, em vez de ter um efeito destrutivo e perigoso, a consciência sobre a mortalidade pode, na verdade, melhorar a saúde física e ajudar a pessoa a priorizar seus valores e objetivos.
Estudos anteriores haviam sugerido que pensar sobre a morte poderia alimentar comportamentos prejudiciais, como preconceito, ganância e violência. Essas pesquisas relacionavam ainda a teoria de gestão do terror, segundo a qual defendemos determinadas crenças culturais para conseguirmos lidar com nossos sentimentos sobre a mortalidade. "Alguns estudos sugeriam que a consciência da morte é simplesmente uma força sombria de destruição social. Existe pouca compreensão de como a consciência sobre a morte, sutil e diária, pode ser capaz de motivar atitudes e comportamentos que minimizem os danos e promovam o bem estar", diz Kenneth Vail, da Universidade de Missouri e coordenador do estudo.
Durante o atual levantamento de dados, Vail descobriu inúmeros exemplos de experimentos que sugeriam um lado positivo no fato de lembrarmos naturalmente da morte. Um estudo conduzido por Matthew Gailliot e publicado no Personality and Social Psychology Bulletin em 2008, por exemplo, indicava que só o fato de estar fisicamente perto de um cemitério afetava o quanto uma pessoa se sentia motivada a ajudar outra. "Esse tipo de comportamento teria sido motivado pela consciência da morte", diz Vail.
Uma pesquisa de 2011, coordenada por D.P. Cooper, descobriu ainda que a lembrança da morte aumenta o cuidado com a saúde. No estudo, o cientista descobriu que as mulheres se sentiam mais inclinadas a fazer o autoexame de mama, quando deparadas com a consciência da morte. Outros estudos apontam para um aumento geral nos cuidados com a saúde, como maior uso de protetor solar, redução no fumo e aumento na atividade física. Fonte: Revista Veja
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