Segundo o delegado, o TJCE concedeu a prisão domiciliar porque Luís Mário tem nível superior FOTO: KIKO SILVA
O titular da Delegacia Regional de Crateús, Marcos Aurélio de França, revelou, ontem, que por decisão judicial, um homicida suspeito de mais de 40 mortes, poderá voltar para a região onde costumava cometer crimes. Luís Mário da Silva Oliveira estava preso desde o dia 14 de junho, por força de três mandados de prisões preventivas expedidos contra ele.
O homicida havia sido detido em Nova Russas (316Km de Fortaleza) em uma operação da Polícia Civil em que outras duas pessoas acusadas de homicídios foram capturadas. Na época da prisão, o delegado Raul Tessius declarou que o patrimônio do acusado era incompatível com sua renda. Isto, é para Marcos Aurélio um indício a mais, que corrobora que o acusado matava por dinheiro. Luís Mário é guarda municipal e possui três academias de ginástica; um automóvel modelo Golf; e uma motocicleta Honda, modelo CB300.
Ontem, Marcos Aurélio disse que o acusado mata há mais de 20 anos nos Municípios de Ararendá, Nova Russas, Ipueiras, Ipaporanga e Poranga. "São mais de 40 homicídios que têm o envolvimento dele. O último aconteceu no dia 23 de fevereiro, quando a vítima foi o comerciante ´Zé Pedro´", declarou.
Segundo o delegado, mesmo diante do que ele considera evidências da periculosidade do homicida, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) decidiu pela sua prisão domiciliar. "Simplesmente pelo fato de ele ser formado em Teologia. Este é o único motivo apresentado", comenta.
O titular da Regional de Crateús disse que já havia uma decisão para que o suposto autor dos crimes cumprisse pena em casa, mas esta foi suspensa porque o juiz de Ararendá decretou outras duas prisões preventivas para Luís Mário. No entanto, no dia 5 de novembro último, a prisão domiciliar foi concedida para o pistoleiro mais uma vez.
"Toda a comunidade de Ararendá está apavorada. Não é para menos, pois um monstro que cometeu diversos crimes está voltando", disse Marcos Aurélio que promete tentar reverter a decisão do TJCE.
Fonte: DN
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