O Ministro do STF, Luis Roberto Barroso, que ficou ainda mais “famoso” com sua atuação no caso dos Embargos Infringentes do Mensalão, em decisão que agradou os réus condenados do PT, recebeu entre 2002 e 2008, ainda na gestão Ricardo Teixeira, R$ 1.164.877,41 dos cofres da CBF.
Os valores foram creditados em conta corrente no nome de Luis R. Barroso & Associados, ag. 3032, c/c 20020-0.
À época, Barroso, advogando, prestava serviços ao mandatário da CBF.
Vale lembrar que a entidade tem por hábito pagar honorários de processos pessoais de seus dirigentes.
Foi nesse período, também, que Ricardo Teixeira enfrentou duas CPIs, sendo que, numa delas, foi agraciado com atestado médico “suspeito”, que o livrou de depor em momento decisivo das reuniões, situação esta que dificilmente passaria à margem do conhecimento de seu então advogado.
A grande questão, porém, é a origem dos dados – a que tivemos acesso – que estão sendo analisados, desde o ano passado, pela Polícia Federal.
Todos retirados do computador de Marco Polo De Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, e que foi detido, em 2012, por suspeita de espionar adversários e também sua ilibada namorada.
No caso dos arquivos, em que são indicadas as transferências de valores da CBF para o Ministro Barroso, salta aos olhos a indicação de que Del Nero enviou cópia da documentação, com pequeno relatório, ao deputado Vicente Cândido (PT), sócio do dirigente e vice, também da FPF.
O petista, ex-funcionário do mafioso russo Boris Berezovsky, morto recentemente, luta pela implementação do PROFORTE, com aparente apoio da presidente Dilma Rousseff e esforços do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que é o plano para anistiar as dívidas fiscais de todos os clubes do Brasil.
Barroso, segundo fontes da PF, seria contrário à ideia.
CONFIRA RELATÓRIO DE TRANSFERÊNCIAS DE VALORES DA CBF PARA A CONTA DO MINISTRO LUIS ROBERTO BARROSO
Data Valor Obs
08/10/2002 25.000,00 054/02
08/10/2002 25.000,00 055/02
06/01/2003 611,12 reembolso
17/01/2003 108.400,00 051/02
16/01/2003 30.000,00 067/02
17/01/2003 35.000,00 71
21/01/2003 217,1 reembolso
20/02/2003 149,5 reembolso
25/04/2003 376,07 Reembolso
25/07/2003 823,32 Reembolso
07/11/2003 685,83 Reembolso
16/01/2004 116,3 Reembolso
01/05/2004 355,56 reembolso
27/07/2004 403,27 reembolso
18/01/2005 58,72 reembolso despesas
30/03/2005 100.000,00 5ª parc/honorarios
31/03/2005 100.000,00 801
12/05/2005 147,37 reembolso
19/01/2006 10.000,00 1111
19/01/2006 10.000,00 1112
19/01/2006 10.000,00 1113
19/01/2006 15.000,00 1114
23/03/2006 103,2 Reembolso
18/04/2006 576,45 reembolso.
19/07/2006 218,3 reembolso
07/08/2006 114.186,17 010/2006
11/09/2006 114.186,17 1291
03/10/2006 70,8 021/06
04/10/2006 114.186,17 1307
04/10/2006 114.186,17 1307
05/01/2007 111.689,51 13/2006
22/05/2007 111.689,51 13/2006/proc 433/96
09/11/2007 88,2 108/07
06/12/2007 215,8 123/07
16/01/2008 1.293,81 reembolso 010/08
08/05/2008 7.618,33 036/08
16/07/2008 2.224,66 074/08
* Fonte: Blogdopaulinho
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