Justin Parkinson/Da BBC News
O Facebook vai continuar permitindo que usuários postem vídeos de decapitações desde que sejam usados no "contexto correto", afirmou o diretor de políticas do Facebook para a Grã-Bretanha e a Irlanda, Silmon Wilner.
Em depoimento ao Comitê para Cultura, Mídia e Esporte da Câmara Baixa britânica, Milner disse a parlamentares que imagens desse tipo podem servir para expor "abusos contra direitos humanos".
Facebook quer aumentar mecanismos de advertência para 'compartilhamento responsável'
O Facebook foi criticado recentemente por permitir a exibição de vídeos de decapitações, em meio a preocupações quanto aos danos psicológicos que podem causar.
Em maio, o Facebook introduziu uma proibição temporária para vídeos de decapitação, mas anunciou no mês passado que acreditava que os usuários deveriam ser livres para assistir a este tipo de conteúdo.
"Somos gratos por viver em um país onde decapitações não são comuns", afirmou Wilner, a respeito da Grã-Bretanha.
Ele argumentou que, em algumas partes do mundo, decapitações são "parte normal da vida" e que ativistas de direitos humanos podem querer "usar a nossa plataforma para destacar o que está acontecendo".
Tais pessoas estariam "condenando, e não glorificando" essas ações, e haveria "um espaço para as pessoas compartilharem esse tipo de conteúdo no contexto certo", acrescentou.
Compartilhamento responsável
A BBC foi alertada sobre a mudança na política do Facebook no mês passado por um leitor, que disse que a empresa estava se recusando a remover uma página que mostrava um vídeo de um homem mascarado decapitando uma mulher, aparentemente gravado no México.
O vídeo oi publicado sob o título Desafio: Qualquer pessoa pode assistir a este vídeo?
Milner argumentou aos parlamentares: "Nós não postamos coisas no Facebook. São nossos usuários que postam no Facebook".
O diretor prometeu que a rede social aumentará as advertências sobre o conteúdo chocante das imagens e está "aprimorando mecanismos para que os usuários compartilhem os vídeos de forma responsável".
"Quem for ao Facebook e procurar por vídeos de decapitações, não os encontrará. Em outras partes da internet é muito mais fácil achar este tipo de imagem", acrescentou.
O Facebook permite que adolescentes com 13 anos ou mais possam se tornar membros da rede social.
O link de termos e condições informa que fotos ou vídeos que "glorifiquem a violência", além de outros materiais proibidos, serão removidos.
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