Dilma mantém discrição e evita comentário sobre prisões de condenados do mensalão. Foto: Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Em seu primeiro compromisso público após o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, decretar a a prisão de 12 condenados no processo do mensalão, ocorrida na última sexta-feira (15), a presidente Dilma Rousseff aproveitou a audiência de uma plateia de pequenos e microempresários para enaltecer o que, de fato, deverá ser a linha mestre de sua campanha à reeleição, os resultados macroeconômicos dos últimos dez anos. Dilma destacou a empresários que participaram, nesta terça-feira, em Campinas, São Paulo, da abertura do XIV Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), que o país vem crescendo “sobre um alicerce de estabilidade econômica”.
A presidente lembrou alguns indicadores econômicos – entre eles a inflação e a criação de empregos. De acordo com Dilma, o Brasil fechará 2013, pelo 10º ano consecutivo, com o índice de inflação dentro da meta prevista pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central, que estima esse percentual em 4,5%. Dilma também destacou a criação de emprego nos últimos 10 anos, que, de acordo com ela, somaram 10 milhões de novos postos de trabalho. “O tamanho da população da Região Metropolitana de São Paulo”, comparou a presidente. “Portanto, o Brasil tem fundamentos econômicos sólidos”, acrescentou.
Voto de silêncio
A presidente Dilma Rousseff tem dito a intelocutores que ela não irá se pronunciar sobre a prisão dos condenados no processo do mensalão, em especial em referência àqueles que fizeram parte da cúpula petista, caso do ex-presidente nacional do PT, deputado federal licenciado José Genoino, e do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e, também, de José Dirceu, ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil no primeiro mandato governo Lula (2003/2005). Dilma e seus conselheiros temem que uma declaração pública possa provocar uma crise institucional entre os poderes Executivo e Judiciário.
Desde a última sexta-feira, Dilma mantém "voto de silêncio" na conta do Twitter que ela reativou no dia 29 de setembro deste ano, depois de ficar inativa desde 2010, ano da campanha que a elegeu presidente da República. Desde então, afeita a comentar sobre temas variados na conta que mantém no Twitter, que seu marqueteiros garantem ser ela mesma que digita todos os conteúdos - Dilma não fez qualquer menção às prisões que movimentou último dia 15, data coincidente com a Proclamação da República. O último comentário da presidente no twitter postado nessa segunda-feira e fazia alusão aos criticos da condução e dos resultados da atual política econômica. “Quem aposta contra o Brasil sempre perde”, pontuou a presidente.
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