A manutenção de Rui Falcão à frente do PT, que deve ser anunciada nesta segunda-feira (11/11) no resultado do Processo de Eleições Diretas (PED), é a cartada que faltava para a legenda se dedicar integralmente ao principal objetivo: reeleger a presidente Dilma Rousseff. Como a própria Dilma não mantém laços muito firmes com o PT, a escolha de Falcão resolve uma questão estratégica. Ele, que também coordenará a campanha presidencial, é um dos únicos que têm bom trânsito em quase todos os campos partidários e no governo ao mesmo tempo, além do aval irrestrito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No domingo (10/11), após votar, em São Bernardo do Campo (SP), Lula deixou claro que o segundo mandato de Dilma é a prioridade absoluta do PT, seguido da eleição do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para o governo de São Paulo. “(O PED) é importante primeiro para mostrar a força do PT e segundo para garantir que tenha uma direção consolidada e comprometida com o governo da presidente Dilma e com uma vontade política de eleger o próximo governador do estado, porque acho que São Paulo merece um governo do PT”, destacou.
A tática petista para 2014 repete o pragmatismo já adotado em 2002, quando Lula foi eleito. Mesmo enfrentando os diretórios locais, que, em muitos casos, querem candidatura própria ao governo dos estados, o comando do partido — leia-se Rui Falcão e Lula — tem costurado alianças convenientes para dar palanque a Dilma e não atrapalhar o caminho da reeleição. Para a lógica lulista, mais vale um aliado com nome forte do que um petista sem chances como candidato. Fonte: Correio Brazilinse
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