Apesar do mau cheiro e da água escura, o canal do Arruda é local de diversão e trabalho para os meninos do bairro homônimo, na zona norte do Recife (PE). É dentro da água suja, em meio a latas, pedaços de plástico, móveis, eletrodomésticos e restos de comida e animais mortos que as crianças do bairro brincam e ajudam a reforçar o orçamento da família. Paulo Henrique, de 9 anos, chocou a sociedade pernambucana ao aparecer coberto de lixo e água suja até o pescoço na capa do "Jornal do Commercio", mostrando uma realidade desconhecida pela classe média. "Ele aproveita que eu vou trabalhar e entra", disse à Folha a faxineira Maria José Félix de Oliveira, 34, mãe do garoto. Ela reprova a atitude do filho por temer doenças, mas reconhece a necessidade de inteirar os R$ 200 mensais que recebe pelas faxinas. Um dia submerso no canal rende, no máximo, R$ 10. Diego Nigro/JC Imagem/Folhapress
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