As chances de entrar para o serviço público aumentam. A semana começa com 34.687 vagas abertas em 176 concursos promovidos por órgãos federais, estaduais e municipais, com salários de até R$ 22,8 mil. Em vários deles, as inscrições terminam nesta segunda-feira (18), como os das 134 vagas para juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, com remuneração inicial de R$ 21,7 mil. A dica para os concurseiros é preparar uma planilha detalhada com as datas e os horários.
Tieta Drummond de Abreu, 24 anos, é formada em publicidade e propaganda. Ela se dedica ao concurso para o Supremo Tribunal Federal (STF) — cuja prova será em 15 de dezembro — com salários entre R$ 4,5 mil a R$ 7,5 mil, mas pretende se inscrever em todos os certames para tribunais. Por isso, estuda com afinco há quase dois anos e investiu cerca de R$ 15 mil em pós-graduação e cursos de especialização. “Vou fazer cinco provas. Para o Supremo e o Ministério da Indústria e Comércio (Mdic), níveis médio e superior, e para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, nível superior”, contou, ao destacar que está aguardando a publicação do edital da Polícia Federal e da Câmara dos Deputados.
“Vou aproveitar, porque tem matéria semelhantes. Meu sonho é ir para o Legislativo. São seis horas de trabalho. Porém, tenho que estudar muito, porque, em Brasília, devido à procura, a nota de corte é alta. Na prova do Ministério Público da União (MPU), tive média de 6,6. Passou quem estava acima de 7,9”, disse Tieta. Felipe Ribeiro Bortoli, 29, também formado em publicidade e propaganda, se prepara desde 2010. Já desembolsou cerca de R$ 8 mil, desde então. Seu foco são os concursos para o Legislativo e o sistema financeiro.
Felipe pensa em fazer graduação em administração de empresas para melhor enfrentar a concorrência. “Minha meta inicial é ganhar entre R$ 4 mil e R$ 6 mil e depois ir aumentando”, ressaltou. Ivonete de Souza Câmara, 48, é servidora de nível médio do Executivo, desde 2008, embora graduada em gestão de pessoas. Ganha R$ 3 mil mensais, mas quer conquistar os R$ 4,5 mil do STF. “Trabalho oito horas e estudo à noite e nos fins de semana. Mesmo quando entrar para o STF, não conseguirei parar de estudar para concursos. Tem outros melhores. Ser concurseira é muito bom. O problema é que a gente não tem vida própria”, disse.
Para quem quer passar para o STF, segundo o professor Max Kolbe, a matéria-chave é Direito Constitucional. “Isso se aplica também aos esperados e concorridos certames da Câmara e da PF. Basta olhar as provas dos dois últimos concursos”, destacou. De acordo com o professor Ernani Pimentel, Presidente do Grupo Vestcon, dedicação e disciplina são fundamentais. Mas o concurseiro não pode ultrapassar sua capacidade. “Quando sentir que o raciocínio está lento, o melhor é parar, ir ao cinema, ligar a TV ou ouvir música para relaxar”, ensinou. Para aqueles que trabalham e estudam, Pimentel aconselha que é melhor dormir logo ao chegar em casa e acordar mais cedo. “Pela manhã, o cérebro está mais descansado”, ressaltou.
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