AFP - Agence France-Presse
O chileno César Barriga se tornou a sétima pessoa no mundo a sobreviver à raiva, após ter sido contaminado pela mordida de um cachorro doente, indicou nesta segunda-feira um boletim médico.
"O Chile se soma às instâncias mais elevadas no tratamento destes casos. Este é o sétimo caso (de alguém) que sobreviveu, o primeiro no nosso país", afirmou Luis Castillo, vice-secretário de redes Assistenciais do Ministério da Saúde, depois que Barriga recebeu alta.
César Barriga, 25 anos, contaminou-se com o vírus após ser mordido por um cão, em julho passado, quando dirigia uma caminhonete na cidade de Quilpué, 133 km a noroeste de Santiago.
Doze dias depois do ataque do animal, Barriga foi internado em estado grave no hospital Gustavo Fricke de Viña del Mar com sintomas de raiva: alterações neurológicas, paralisia do sistema nervoso, dificuldades para respirar e falar, segundo o diagnóstico médico.
O jovem foi tratado por uma equipe de médicos locais e também pelo especialista americano em raiva, Rodney Willoughby, em meio à expectativa da população chilena por se tratar do primeiro caso registrado em 17 anos no país.
Após 16 semanas, Barriga recebeu alta depois de recuperar as funções neurológicas e a fala e terá um período de reabilitação de seis meses para recuperar a mobilidade dos pés.
"Penso que foi uma experiência difícil porque de uma hora para outra estar em casa e depois acordar sem poder me mexer em um hospital, sem saber o que está acontecendo foi terrível", disse Barriga após deixar o hospital.
O último caso de raiva no Chile remontava a 1996, quando um menino foi contaminado por um morcego na cidade de Rancagua (centro). Ele faleceu.
O Chile é um país considerado livre de raiva canina, uma doença que é letal em 95% dos casos.
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