O Bolsa Família, programa do governo petista que recebe muitas críticas dentro do Brasil pelo caráter assistencialista - ou papa votos - acaba de receber um importante prêmio internacional: o Award for Outstanding Achievement in Social Security.
É uma espécie de prêmio Nobel da seguridade social, concedido pela ISSA, Associação Internacional de Seguridade Social, com sede na Suíça.
A entidade, fundada em 1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não governamentais.
A premiação acontece a cada 3 anos, depois de uma série de pesquisas in loco.
O Bolsa Família, que está completando 10 anos de existência no atual formato - e atende 13,8 milhões de famílias brasileiras que vivem com menos de 70 reais por mês por integrante - foi considerado pela ISSA como "uma experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social".
Comemoração
A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, comemorou: a "premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social".
De acordo com Marcelo Neri, presidente do Ipea, "cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social" e faz a economia girar 240%.
O presidente do Ipea afirmou que, comparado com outras despesas, o programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). "Os EUA gastam 2% do PIB com programas sociais, e os países europeus ainda mais", lembrou.
Redução da pobreza
Estudo do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada apontou que o programa Bolsa Família foi o responsável por 28% da queda da extrema pobreza no país.
As estimativas foram feitas com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009.
O Executivo federal avalia que, se não houvesse o programa, a miséria no país seria 36% maior do que é hoje.
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