A entrevista da ministra do STJ, ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, sobre a situação do Judiciário baiano alcançou uma imensa repercussão. A ministra, como disse, precisava falar na hora certa e falou, não deixando uma pergunta sequer sem resposta e, de certa forma, exibindo as entranhas do Tribunal de Justiça "que se recusava sistematicamente - como disse - a cumprir as ordens do CNJ.” Dos acontecimentos recentes, como o afastamento do presidente, Mário Hirs, e da ex-presidente, Telma Brito, à teimosia de não se abrir concurso “o que não se faz há tempos para suprir o judiciário de pessoal." Relatou a existência de mais de 40 comarcas sem juízes, "a situação de descalabro dos cartórios extrajudiciais, e a tramitação de diversos processos contra juízes, desembargadores, alguns (poucos) que estão com ela e que serão julgados pelo Conselho na medida em que a pauta das reuniões permita." “Tudo isso será apurado e virão novas punições”. Confirmou que existe "venda de sentenças na Bahia, que é do conhecimento do Conselho que está a apurar os desvios em buscas de provas consistentes". Enfim, a ministra Eliana Calmon afirmou que o problema da má justiça que se pratica na Bahia "é consequência da falta de gestão e de explicações que não são cabíveis, como alegar a falta de dinheiro." “Assim sendo, o melhor que se faz é trancar o Tribunal de Justiça e jogar a chave fora,” disse ela na entrevista-bomba que concedeu à rádio Tudo FM, no programa Bahia Notícias no Ar, que ocupa diariamente o horário das 12 às 13 horas. Bahia Notícias
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