Eleito no último dia 13 de novembro com 74,45% dos votos de filiados ao PT na Bahia, o novo presidente estadual do partido, Everaldo Anunciação, parece resumir bem o atual conjunto de tendências majoritárias na sigla. Com 53 anos e relação estreitíssima com os movimentos sindicais - foi presidente da Associação dos Técnicos Agrícolas do Cacau (Stac), diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Bahia (Sintsef) e dirigente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA) -, ele sustenta a postura de alianças adotada e elogia os novos caminhos trilhados pela legenda para obter sucesso nas urnas. “Até o final da década de 80, existia uma concepção no PT de que as alianças deveriam caminhar pelo campo da esquerda. Mais tarde, modificamos essa ideia, o que resultou na eleição do Lula. Eu defendo a política de alianças e acho que ela não deve ser vista sobre o interesse da concepção ideológica, mas sim sobre para o que se predispõe”, opinou. Em entrevista ao Bahia Notícias, o atual secretário da organização petista, que assume o novo cargo no próximo dia 30, data marcada também para o anúncio do candidato vermelho à sucessão estadual, fez mistério quando questionado sobre qual seria seu nome preferido, embora o pacto entre as três correntes que levaram à sua nomeação esteja com o chefe da Casa Civil do governo Wagner, Rui Costa, de acordo com o deputado federal Josias Gomes. “Os quatro pré-candidatos me apoiaram e fizeram parte da chapa vencedora. Posso dizer que não existe preferência. Vou fazer campanha para o 13”, despistou. Mais inflexível, Anunciação avaliou ainda o período conturbado ultrapassado pelo partido, que acaba de ter a imagem mais uma vez envolvida com esquemas de corrupção. "A origem do processo do mensalão é caixa dois, uma prática que existe por conta do envolvimento do setor empresarial na política. Temos que acabar com isso, cortar o mal pela raiz. Prender um ou dois não adianta nada", defendeu. Clique aqui para ler a entrevista na íntegra.
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