por Samuel Celestino
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, acertou em cheio quando, em um debate sobre os 25 anos da Constituição, disse que o modelo das eleições proporcionais – deputados, estaduais e federais, além de vereadores– “é um engodo” (em relação aos eleitores). A reforma política tão reclamada e nunca realizada estabelece, para ele, “uma ficção no Brasil de o eleitor votar em um candidato, quando menos de 10% são eleitos com votação própria. Mais de 90% são eleitos sem votação própria”. Na verdade, estes 90% se beneficiam do quociente eleitoral dos partidos, ou seja, sem votação própria. Assim, o que se vê nas casas legislativas são parlamentares sem votos beneficiados por uma legislação eleitoral torta. O exemplo maior, que normalmente se oferece, é sobre o deputado Tiririca, de São Paulo, ele por si só um zero a esquerda, que, por ter mais de 1 milhão de votos, arrastou com ele mais três federais do seu partido que não tinham votos para se eleger. Disse mais que o voto aberto por legenda é um engodo e que “o Brasil precisa "desesperadamente" de uma reforma política capaz de baratear as eleições, "raiz de boa parte dos problemas de corrupção". Para ele, ajudar na formação de maiorias estáveis no Congresso e dar "autenticidade programática" aos partidos.
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