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sábado, 26 de outubro de 2013

95% dos paulistanos desaprovam depredação em manifestações, aponta Datafolha

Pesquisa do Datafolha indica que 95% dos paulistanos desaprovam a ação dos black blocs, que participam de manifestações encapuzados e pregam confronto e depredação como forma de protesto. A pesquisa, divulgada pela edição do jornal Folha de S.Paulo deste domingo, foi feita na sexta-feira com 600 pessoas e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na noite de sexta, manifestantes mascarados espancaram o coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi, que teve a clavícula quebrada e escoriações no rosto e na cabeça.

A pesquisa Datafolha mostra ainda que o apoio aos black blocs é maior entre os jovens de 16 a 24 anos - 11% dos entrevistados nesta faixa etária disseram apoiar o protesto com depredação de prédios públicos e privados -, mas mesmo entre eles é maior o percentual dos que não apoiam este tipo de ação: 87%. Entre os entrevistados com 25 a 34 anos, 7% apoiam e 92% não apoiam e 1% não sabe.

Os protestos em São Paulo estão, segundo a pesquisa, perdendo apoio da população. Na pesquisa realizada em 27 e 28 de junho, 89% eram a favor, 8% contra e 3% eram indiferentes ou não sabiam se apoiavam ou não. No dia 11 de setembro, 74% disseram apoiar, 21% afirmaram ser contra, 4% indiferentes e 1% não sabiam. Na pesquisa desta sexta, 66% apóiam, 31% são contra, 2% são indiferentes e 1% não sabem.

O major da PM Mauro Lopes afirmou em entrevista neste sábado, na sede da Secretaria de Segurança Pública, que "estamos mais perto de uma resposta mais enérgica" contra os grupos que depredam durante manifestações. Ele afirmou que a maioria dos manifestantes é pacífica.

Oito pessoas estão presas e indiciadas por atos de violência praticados durante manifestação realizada na noite de sexta-feira em São Paulo. O comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, foi indiciado por tentativa de homicídio e associação criminosa, acusado de participar das agressões ao coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi, que teve a clavícula quebrada e sofreu escoriações no rosto e na cabeça ao ser agredido por encapuzados. Outros sete jovens, com idades entre 18 e 23 anos, foram indiciados por dano ao patrimônio público, formação de quadrilha e arremesso de explosivos ou explosão. Todos estão no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, e deverão ser transferidos ao Centro de Detenção Provisória do Belém.

Entre os presos durante depredações estão três adolescentes, que não podem ser indiciados por serem menores de 18 anos. Eles estão sob custódia da Vara da Infância e Juventude, por ato infracional e dano qualificado, e devem ser encaminhados à Fundação Casa.

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