Campo Grande News
Há 4 anos se preparando para fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a estudante Nayá Thiemy Simabucuro, 23 anos, diz que foi prejudicada no dia da prova, que aconteceu no sábado e domingo porque o número do documento dela não conferia com o da lista de inscritos.
Na tarde de ontem, a estudante mandou um e-mail para o Ministério da Educação, em Brasília, endereçada para o ministro Aloizio Mercadante, relatando o constrangimento que passou ao ser barrada por uma mulher, que coordenava o exame na Escola Municipal Ione Catarina Gianotti Igydio, no Jardim Noroeste.
Nayá cursava fisioterapia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e resolveu trancar o curso para tentar medicina. Desde então vem se preparando, fazendo cursinho pré-vestibular, para conseguir uma pontuação boa no Enem.
No sábado, a estudante conta que acompanhada de um amigo, que também fez o exame na mesma sala que ela, chegou com 10 minutos de antecedência da abertura dos portões e ao se identificar com o documento de identidade foi barrada antes de entrar na sala, pois o fiscal disse que o número do documento não conferia na lista de inscritos.
Por conta disso, a jovem relata que foi encaminhada até uma pessoa, identificada por Ana Paula, que coordenava o exame na escola. “Ao ver a minha identidade, ela disse que não era eu na foto. Então tirei os óculos que uso para descanso e pedi que olhasse de novo, no entanto, ela afirmou que o documento era falso”, diz, acrescentando que a identidade foi tirada em 2007.
Depois de muita confusão e prometer que passaria na sala da coordenadora para assinar um termo que comprometia a autenticidade dos documentos, a estudante foi liberada para fazer a prova. “Eu fiquei abalada emocionalmente pelo transtorno que os organizadores haviam causado e parecia que toda a semana antecedente ao Enem, que me dediquei tentando ficar calma e dormindo cedo, foi em vão”, reclama.
Ao chegar em casa, a mãe da estudante ligou na escola para falar com a coordenadora e saber o que realmente havia acontecido, quando foi informada que a jovem só faria a prova no domingo se fosse acompanhada pela mãe. “No outro dia a minha mãe me acompanhou e o fiscal informou que eu deveria assinar novamente o termo no final da prova”, conta.
Por fim a estudante, conta que, no final ainda foi chamada pela coordenadora de desequilibrada e mentirosa. “Ela fez um fiscal voltar na sala, pegar a minha prova e levar até a sala dela, onde eu estava. Realmente o número da identidade e o CPF não batiam, mas não foi erro meu, pois na carta que recebi do Enem estava tudo correto”, lamenta.
Nayá finaliza a carta dizendo que foi prejudicada por uma pessoa despreparada para trabalhar na área da educação.
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