Um chefe religioso saudita deu declarações polêmicas sobre usuários de redes sociais. Segundo o xeque Abdul Latif Abdul Aziz al-Sheikh, qualquer pessoa que utiliza redes sociais, de forma especial o Twitter, "já perdeu este mundo e a vida após a morte". As informações são da "BBC".
O Twitter apresentou grande evolução em penetração na região. Em julho de 2012, Dick Costolo, diretor-executivo da rede social, disse que a Arábia Saudita era um dos países com o maior crescimento na base de usuários. Segundo ele, só naquele mês, houve um aumento de 3.000%.
A forte evolução no número de usuários na região coincidiu com uma série de protestos, que tiveram início durante a Primavera Árabe no início de 2011. A maioria dos levantes organizados no país era contra a monarquia que, segundo manifestantes, discrimina a minoria xiita.
As observações do xeque refletem a preocupação da monarquia de que os habitantes sauditas discutam assuntos sensíveis de política utilizando a rede social.
Histórico de críticas
Em abril, o chefe religioso da Grande Mesquita, maior centro de peregrinação islâmica do mundo, utilizou seu sermão para dizer que o Twitter era uma ameaça para a unidade nacional. Além disso, clérigos ligados à monarquia da Arábia Saudita chegaram a definir os usuários do Twitter como tolos.
Vários sauditas têm utilizado o Twitter para se expressarem. Em protestos recentes realizados na província ocidental do país, pessoas tuitaram e postaram fotos de ativistas de direitos humanos sendo presos.
Em represália, o governo saudita considera acabar com o anonimato no Twitter. O plano é que as autoridades liguem a identidade dos cidadãos do país à conta na rede social. (Com BBC e The Atlantic)
Foto tirada em fevereiro de 2012 mostra mulher saudita acessando o Twitter em uma cafeteria em Riade, capital da Arábia Saudita; governo procura forma de acabar com anonimato na rede
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