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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Diferença de salários de emergentes e países ricos é cada vez menor

"Mesmo antes da eclosão da crise financeira, os salários já vinham aumentando em países como Brasil e China em função do crescimento dessas economias", explicou à BBC Sangheon Lee, coordenador do Relatório Global dos Salários da Organização Internacional do Trabalho (OIT) 2012/2013, que ressalta essa tendência.
"Do outro lado, nos países desenvolvidos os salários estagnaram, principalmente depois da crise", conta o especialista, mencionando o exemplo dos Estados Unidos, onde a média de salários não sobe há 20 anos.
"O resultado é esse fenômeno da "convergência salarial", em que os salários ao redor do mundo estão pouco a pouco se aproximando."
Não é a toa que o aumento dos custos da folha de salários tornou-se uma reclamação frequente dos empresários brasileiros. Nem que já seja relativamente fácil encontrar executivos europeus procurando empregos no Brasil.
Um estudo feito pela consultoria Michael Page para a BBC Brasil, por exemplo, mostra que, ao menos nos cargos de gerência, profissionais do Brasil e do México já chegam a ganhar salários maiores que seus colegas da Inglaterra, Alemanha e França.
Nos cargos menos qualificados, os salários ainda são bem maiores nos países ricos, mas segundo Lee também têm convergido em um ritmo significativo.
De acordo com o estudo da OIT, por exemplo, desde 2006 os salários brasileiros cresceram a uma média de 3,4% ao ano.
Já nos países desenvolvidos a alta anual foi de apenas 0,4% no período - e a média estatística ainda esconde dois anos em que houve quedas salariais: 2008 (-0,3) e 2011 (-0,5).
Em 2010 e 2011, o crescimento dos salários brasileiros teria sido de 3,8% e 2,7%, respectivamente, enquanto a média global seria de 2,1% e 1,2%.
Entre os emergentes, porém, o campeão dos aumentos nos contracheques é sem dúvida a China. Lá, os salários triplicaram entre 2000 e 2010, segundo a OIT.
Para se ter uma ideia, não fosse o aumento chinês, a média global calculada pela OIT cairia de 2,1% para 1,3%, em 2010, e de 1,2% para 0,2%, em 2011.

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