Em meio à epidemia nacional de crack, que joga nas ruas 2,5 mil pessoas vivendo como mendigos apenas em Belo Horizonte e atinge 90% das cidades brasileiras, a solidariedade está em xeque. Diariamente, moradores dos menores municípios às metrópoles são confrontados com situações envolvendo cenas de uso de crack. Nesse filme triste, a pedra maldita transforma usuários em verdadeiros atores, capazes de representar histórias mirabolantes para obter a droga.
Segundo relatos dos próprios dependentes químicos em recuperação nas comunidades terapêuticas ou em situação de mendicância nas cracolândias de Belo Horizonte, até mesmo o marmitex, o sanduíche e as roupas recebidas em doação são aceitas por traficantes como moeda, em troca de pedras de crack. O golpe de completar o dinheiro para comprar fralda, o leite das crianças ou de inteirar a conta de luz também é usado pelos craqueiros como forma de sustentar o vício.
Diante dessa realidade contemporânea, há outras formas de ajudar os pedintes, sem correr o risco de empurrá-los para o buraco? “É preciso tomar muito cuidado em dar esmola, que muitas vezes satisfaz de forma superficial a própria consciência, porque você acha que tem muito e que muita gente não tem nada. Mas se você não conhece a pessoa a quem está dando a esmola, como vai saber se o gesto de pedir é por carência ou malícia?”, ensina o frei Cláudio van Balen, da Igreja Nossa Senhora do Carmo. Há 63 anos no Brasil, o padre holandês desenvolveu o princípio pessoal de nunca dar dinheiro em espécie. LEIA TUDO AQUI
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