Um grupo de neurocientistas de diversas universidades americanas estima que, em até dez anos, será possível reverter problemas de memória com o implante de um microchip no cérebro. Até agora, a estratégia já foi testada com ratos e macacos, e seus resultados levaram a revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, a MIT Technology Review, a incluir a pesquisa entre os dez principais avanços tecnológicos de 2013.
Os autores analisaram o processo a partir do qual as memórias de longo prazo (aquelas das quais nos lembramos por dias ou anos) são criadas e armazenadas no cérebro, a fim de simulá-lo nos casos em que o cérebro sofreu algum dano. Eles têm como foco o hipocampo, região do cérebro na qual a memória de curto prazo, aquela que dura alguns segundos ou minutos, é transformada em memória de longo prazo.
Ted Berger, professor de engenharia biomédica da Universidade do Sul da Califórnia e integrante da equipe de pesquisadores, analisou como os sinais elétricos se propagam através dos neurônios dessa região e utilizou seu conhecimento na área da matemática para criar um modelo que imita essa movimentação.
De acordo com Berger, o processo não consiste em colocar as memórias de uma pessoa em seu cérebro, mas sim devolver a ele a capacidade de gerar memórias, estimulando uma área danificada a replicar a função das células sadias. Ainda não foram realizados testes com seres humanos, mas experimentos com animais mostraram que os eletrodos podem processar a informação da mesma forma que um neurônio. (Veja).
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