A advogada Lenora Panzetti, que defende as quatro famílias de Campinas ( 93 km de São Paulo) e Indaiatuba (103 km de São Paulo) que mantinham a guarda provisória dos cinco irmãos retirados à força dos pais em Monte Santo (BA), entrou com recurso para reverter a decisão de um juiz baiano que determinou que as crianças voltem para a Bahia. “Vamos tentar trazer as crianças de volta para a casa dos pais adotivos”, disse a advogada. Desde a semana passada, os irmãos estão em um abrigo em São Paulo com a mãe biológica para um período de readaptação antes de voltarem para Monte Santo, conforme determinação do juiz Luiz Roberto Cappio, que revogou a guarda provisória alegando irregularidades no processo. A advogada da família de Monte Santo, Isabella da Costa Pinto, informou que a volta das crianças para a Bahia deve ocorrer na semana que vem. A demora para recorrer se deu porque Lenora enfrentou dificuldades para ter acesso aos autos do processo. “Agora o recurso já está protocolado no Fórum de Monte Santo”, completou. A advogada também contou que entrou com agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo no TJ. “As crianças maiores, de 6 e 7 anos, foram retiradas da escola”. Enquanto o caso não se resolve, as famílias fazem o que podem para ter notícias das crianças. Uma das mães adotivas, Flávia Regina Cury Carneiro, 40, que tinha a guarda do menino de quatro anos, contou que recebeu informações de que a advogada e uma prima da mãe biológica estariam acompanhando a reaproximação no abrigo. Segundo Flávia Regina, isso teria sido proibido pela Justiça, que determinou que apenas funcionários do próprio abrigo acompanhassem a família. “Se for verdade, é no mínimo injusto, pois a determinação era de que ninguém, além da mãe biológica, se aproximasse dos nossos filhos”, disse a mãe. A advogada da mãe biológica negou que esteve com as crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário