Um esquema de fraude a vestibulares de medicina com ramificações em 10 estados e no Distrito Federal foi desmontado pela Polícia Federal. Após um ano e meio de investigações, a Operação Calouro, desencadeada a partir do Espírito Santo, identificou sete quadrilhas — seis sediadas em Goiás e uma em Minas Gerais —, expediu 70 mandados de prisão e 73 de busca e apreensão. Até o fim da tarde de ontem, 46 pessoas tinham sido presas. Os grupos, apesar de concorrentes, se conheciam, mantinham boas relações e chegavam a cobrar até R$ 80 mil pelo golpe. A fraude era arquitetada em duas vertentes principais: uma pessoa com identidade falsa fazia a prova no lugar do candidato ou um gabarito era enviado, principalmente por meio eletrônico, ao estudante.Enquanto as investigações estavam em curso, 54 vestibulares em 39 instituições privadas foram monitoradas. Era preciso pelo menos 20 interessados para que a ação fosse montada. Só no período, cerca de mil pessoas tentaram se beneficiar com o esquema. As escolas selecionadas tinham grande demanda de alunos e um sistema de segurança falho.
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