Dois presos fugiram da Penitenciária da Trindade, na madrugada desta segunda-feira (10), usando a mesma serra e a mesma corda usadas por outros dois detentos que fugiram na madrugada de sexta (7), informaram agentes do Departamento de Administração Prisional (DEAP) de Santa Catarina. O local por onde os presos fugiram na sexta, no segundo andar, foi descoberto pela segurança no mesmo dia. Reparos foram feitos. Mas a corda improvisada com lençóis - chamada 'teresa' na gíria dos presos - e a serra foram deixados no mesmo local. Segundo os agentes de plantão, na madrugada desta segunda, dois presos foram para mesmo local, pegaram a serra e a teresa e também escaparam. Eles fugiram para o morro do Horácio. A PM fez buscas na região, mas até o meio-dia nenhum havia sido recapturado. A direção da cadeia abriu inquérito para apurar se o abandono dos materiais depois do primeiro reparo foi negligência ou intencional. Às 11h surgiu uma divergência entre os agentes de segurança sobre o número de presos fugitivos. Uma recontagem encerrada ao meio-dia confirmou que escaparam Alexandre Zardo, de 20 anos, condenado a seis por tráfico, e João Aldo dos Santos, 33, condenado a 13. A secretária de Segurança, Ada de Luca, e os diretores das unidades (o complexo da Trindade abriga também a cadeia pública) estão reunidos para tratar das fugas recentes. Alda e o diretor não quiseram dar entrevista. A penitenciária da Trindade abriga cerca de 700 condenados, e as fugas ali são constantes. No ano passado, 174 fugiram. Só este ano foram 22 fugas. O local é considerado impróprio para uma cadeia - fica a menos de um quilômetro da residência do governador, num bairro populoso e dentro de região muito valorizada. Sua desativação vem sendo estudada pelo governo há mais de 20 anos.
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