247 – De acordo com o relatório da Polícia Federal, entregue na última sexta-feira à Justiça Federal como conclusão da Operação Porto Seguro, a ex-chefe de gabinete da Presidência da República, Rosemary Noronha, era o "braço político da quadrilha" que coordenava um esquema de venda de pareceres. Ela foi indiciada por quatro crimes: corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de influência e formação de quadrilha.
Ainda segundo o relatório, Rosemary obedecia às ordens de Paulo Vieira, quem ela indicou para a diretoria da ANA (Agência Nacional de Águas) e apontado pela PF como líder do esquema. Rose "fazia aquilo que Paulo Vieira pedia", diz o relatório, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda. "(Rosemary) marcava reuniões, colocava pessoas de interesse de Paulo em contato com autoridades", acrescenta o documento.
O advogado de Rosemary, Celso Vilardi, se disse surpreso com a última condenação, divulgada pela PF apenas com a conclusão da investigação, no fim da semana passada. "Fiquei surpreso porque todos os elementos [do inquérito] já eram conhecidos. Curiosamente esse novo indiciamento só foi feito após fazermos a petição reclamando dos vazamentos", afirmou Vilardi, em referência a conversas privadas de Rosemary que teriam sido divulgadas na imprensa.
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