Da Folha.com
Chegou a 41 o número de policiais militares presos durante mega operação da Secretária de Segurança do Rio, Ministério Público e as polícias Militar e Federal. Eles são suspeitos de receber propina de traficantes e grupos criminosos em favelas da Baixada Fluminense, dominadas pela principal facção criminosa que atua no Estado. Também foram presos 14 pessoas envolvidas com tráfico de drogas e o crime organizado. Os PMs presos atuavam principalmente no 15º Batalhão de Polícia Militar (Duque de Caxias) e recebiam propinas dos bandidos para não coibir a criminalidade. Eles são acusados de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro. Após investigação que durou um ano, órgão estaduais e federais desencadearam a ação chamada "Operação Purificação". Desde as 6h de hoje, equipes da Ssinte (Subsecretaria de Inteligência), da Secretaria de Segurança Pública; Polícia Federal, Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro trabalham para cumprir os 83 mandados de prisão e 112 mandados de busca e apreensão nas casas dos denunciados e em batalhões da PM. Segundo o Ministério Público, os policiais militares alvos da ação sequestravam bandidos e seus familiares, apreendiam veículos do tráfico exigindo dinheiro para devolução, negociavam armas e realizavam operações oficiais quando o pagamento da propina atrasava. Grande parte da operação dos policiais suspeitos ocorria na favela Vai Quem Quer. A investigação apontou também que eles agiam nas comunidades Beira-Mar; Santuário; Santa Clara; Centenário; Parada Angélica; Jardim Gramacho; Jardim Primavera; Corte Oito; Vila Real; Vila Operário; Parque das Missões e Complexo da Mangueirinha. De acordo com investigações, os policiais militares não tinham um comando único e dividiam-se em 11 células autônomas. De acordo com a Secretaria de Segurança, os presos estão sendo levados para o Quartel Geral da Polícia Militar, no centro do Rio.
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