Está marcada para esta quarta-feira (5) a votação do relatório final da CPI do Cachoeira. O texto, lido na última semana na comissão, ainda não é definitivo, já que parlamentares independentes podem se reunir nesta terça-feira com o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). O objetivo é negociar mudanças para garantir a aprovação do relatório. Entre as principais queixas do grupo estão o fato de Odair não mencionar o recebimento dinheiro da empreiteira Delta por um grupo de empresas, que, além do mais não tiveram o sigilo quebrado pela CPI. Caso não haja mudança no relatório, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) podem apresentar voto em separado. A reunião não foi confirmada pelas assessorias do relator e dos senadores Randolfe Rodrigues, Pedro Simon (PMDB-RS) e Pedro Taques (PDT-MT). Na liderança do PPS na Câmara, também não há confirmação sobre a participação do deputado Rubens Bueno (PR) em reunião para tratar do relatório. Durante a leitura do relatório, na semana passada, Odair Cunha afirmou que as sugestões de mudanças poderiam ser enviadas pelos parlamentares até o dia da leitura, mas destacou que tem prerrogativa para aceitá-las ou não. "As propostas devem ser aceitas por mim ou não. Neste caso, quem não concordar com o relatório deve votar contra", acrescentou. Além das críticas dos independentes, também há queixas da oposição. Integrantes do PSDB não concordam com a recomendação do relator pelo indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Eles dizem considerar o relatório um instrumento de ataque político. A votação do texto está marcada para as 10h15, na sala 2 da Ala Nilo Coelho.
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