Da Folha.com
A mulher do policial militar assassinado na manhã de ontem em São Pedro (192 km de SP) confessou que foi ela quem efetuou os dois disparos contra o soldado, segundo a Polícia Civil.
Gentil Brandini trabalhava há 22 anos na corporação e foi encontrado morto na casa dele, deitado na cama com um tiro na nuca e outro nas costas. Ontem, a Polícia Militar não descartava que a morte pudesse estar ligada à onda de ataques a policiais militares no Estado, porque Brandini havia relatado ameaças nos últimos dias e participou, há cerca de seis meses, de uma ação que resultou na morte de um suspeito de assalto. A própria mulher dele, Sabrina Maria Martins, havia dito à polícia ontem que tinha atendido um telefonema com a mensagem de que o policial estava marcado para morrer. No final da noite, porém, acompanhada de um advogado, ela compareceu à delegacia para dizer que usou a arma de Brandini para matá-lo. "Ela alegou que vinha sofrendo agressões dele, mas não registrou boletim de ocorrência por medo", afirma o delegado Marcel William de Sousa, que investiga o crime. "Disse também que, na manhã de ontem, quando ele chegou em casa, deu a entender que usaria a arma para matá-la, mas foi dormir, então ela atirou." Por ter se apresentado espontaneamente, Sabrina foi liberada e aguarda em liberdade a conclusão do inquérito policial. A Folha não conseguiu contato do advogado dela. O delegado disse que ainda aguarda o resultado de perícia feita no local do crime e deve apurar se as ameaças feitas ao policial militar foram forjadas pela mulher. (MARÍLIA ROCHA)
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