Vai a US$ 17 milhões o prejuízo causado pelo governo argentino este ano, tudo em função do cancelamento da entrada de 658 mil pares de calçados brasileiros.
. Os números são da Abicalçados.
. Como o governo Cristina Kirchner adotou o sistema de licenças não automáticas, o trâmite para a entrada do produto no País demora 130 dias em média, o que muitas vezes inviabiliza a venda, já que calçado segue estações fixas durante o ano.
. O diretor-executivo da Abicalçados, o gaúcho Heitor Klein, embora proteste contra os entraves, até acha que este nem é o problema mais grave, conforme mandou avisar ao editor:
- O que importa é a falta de previsibilidade nos negócios.
. Neste momento, segunda semana de dezembro, 191 mil pares aguardam na fronteira.
. O impasse parece ter carimbo. Leiam a análise de Heitor Klein:
- Nos primeiros 10 meses deste ano, no comparativo com o mesmo período de 2011, as exportações de calçados para Argentina caíram 22,3% (de US$ 154,6 milhões para US$ 120,1 milhões). Por outro lado, no mesmo período os "hermanos" aumentaram suas importações de calçados de outros países - inclusive dos asiáticos - em 12,7% (US$ 118,9 milhões para US$ 134 milhões).
. O governo brasileiro reluta em enfrentar as ações protecionistas da Argentina em nome do bom relacionamento político. Além disso, setores da economia brasileira que se sentem prejudicados por importações de produtos argentinos exercem pressão para barrar a entrada destes. Esses movimentos de ação e retaliação é que determinam a elevação da pressão nas relações bilaterais. Por Polibio Braga
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