Após 19 anos sendo vítima de violência doméstica, a auxiliar de serviços gerais Selma Santos Brito Reis, 36, prestou queixa no Complexo Policial Investigador Bandeira, no município de Feira de Santana (distanet a 108 km de Salvador), no final de semana, e resolveu sair de casa com medo de ser morta pelo marido, identificado como Hailton de Jesus Reis. A vitima passou dois dias dormindo de favor na casa de familiares e, na manhã desta segunda-feira, 3, esteve na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) para tentar retornar para casa. ”Não aguentou mais esta situação, já dei inúmeras queixas na Deam e nada é feito. Agora, só retorno para casa com meus filhos quando tiver uma providência por parte das autoridades policiais e judiciária”, frisou. A auxiliar contou que vive em cárcere privado: não pode se relacionar com familiares e vizinhos. No emprego, em uma fábrica, ela é proibida pelo companheiro de conversar com alguém. “Ele me leva e busca no meu trabalho. Ando de cabeça baixa e não posso ir nem na casa de familiares dele, quanto mais com vizinhos e colegas de trabalho”. No final de semana, Selma Santos foi vítima mais uma vez da violência. Segundo ela, o companheiro voltou a ameaçá-la pelo fato de ter visto trabalhando próxima a um rapaz. “O colega me perguntou algo e respondi. Ele estava me vigiando e ai me ameaçou, dizendo que eu ia ver quando chegasse em casa. Então sai mais cedo do trabalho, fui em casa, peguei meus filhos, além de documentos, e sai”, disse, ainda assustada com a possível presença do marido: “Meu filho mais velho ligou e disse que ele está me procurando por todo lugar. Estou com medo que ele me mate.” Leia mais no A Tarde.
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