O carvão, grande gerador de gases de efeito estufa, se aproximará em cinco anos do petróleo como primeira fonte de energia mundial e pode superá-lo em dez anos, devido ao desenvolvimento acelerado dos países emergentes, considera a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório publicado nesta terça-feira (18). "Graças a sua abundância e a uma insaciável demanda de eletricidade nos mercados emergentes, o carvão já representou cerca da metade do aumento da demanda mundial de energia na primeira década do século XXI", ressalta a Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris. O consumo de carvão em 2017 será de 4,32 bilhões de toneladas equivalentes ao petróleo, contra 4,4 bilhões de toneladas de petróleo. E em 10 anos superará o petróleo devido ao crescimento de mercados emergentes gigantescos, como China e Índia, segundo a AIE. "A cota de carvão nas fontes de energia mundial segue progredindo a cada ano", afirma a diretora da organização, Maria van der Hoeven. Como resume a AIE, "o carvão é a China" e "a China é o carvão". A China, que não para de inaugurar centrais elétricas de carvão, representou no ano passado 46,2% do consumo mundial deste combustível. A barreira dos 50% será alcançada a partir de 2014, o que significa que a China consumirá a partir deste ano mais carvão que todos os demais países do mundo juntos.
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