Novembro, mês marcado por diversas ações de valorização da cultura afrobrasileira e que enaltecem a conquista de direitos historicamente negados, termina com a publicação de uma triste estatística: quase 35 mil jovens negros foram mortos no Brasil somente em 2010. Os números foram publicados na quinta-feira (29) pelo “Mapa da Violência – A cor dos homicídios” lançado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em Brasília. O estudo foi elaborado com base nas certidões de óbito e constatou que, em 2010, 34.983 negros foram mortos no Brasil, contra 14.047 brancos. Em 22 dos 26 estados e também no Distrito Federal, o número de assassinatos de negros supera o de brancos. Individualmente, Bahia, Paraíba e Pará foram os estados que tiveram maior crescimento no seu número de homicídios negros nesse mesmo período, mais que triplicaram em 2010 os números de 2002. Proporcionalmente à população, porém, o estado que lidera as estatísticas é Alagoas, com 80,5 mortes para cada cem mil habitantes. O Espírito Santo, com 65 mortes para cem mil habitantes, e a Paraíba, com 60,5 mortes para cem mil habitantes, vêm em seguida. Entre 2002 e 2010, apenas o Acre (- 4%), Pernambuco (- 17,3%), Rio de Janeiro (- 30,9%) e São Paulo (- 61,3%) registraram queda nos índices de homicídios de afrodescendentes. No entanto, na Bahia, onde a maioria da população é afrodescendente, 5.069 negros foram assassinados em 2010. Isto representa um crescimento de 300% em relação a 2002. O Estado apresenta o número mais elevado do País. Leia mais AQUI.
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