COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O suspeito de assassinar a própria mãe estrangulada, Mauro Canônico, 37, disse que matou porque ela "pediu", segundo depoimento do marido da vítima dado à polícia ontem. Mauro é irmão do percussionista da banda de forró universitário Falamansa, André Canônico, conhecido como Dézinho.
Segundo o pai do suspeito, o filho sofre de esquizofrenia e cometeu o crime porque deixou de tomar remédios controlados de que faz uso. Ele disse ainda que o filho é interditado judicialmente --o que o impede de responder a processo criminal.
No depoimento, o pai do suspeito contou que, ao chegar em casa, por volta das 14h desta sexta, tocou a campainha e ligou no celular de Mauro, mas não teve resposta. Após gritar o nome do filho, Mauro abriu a porta da residência e anunciou que havia matado a própria mãe porque ela estava com câncer na garganta e havia pedido para ser morta.
Mais cedo, a vítima havia ligado para o marido e dito que estava com medo porque o filho não estava bem.
O pai disse que encontrou a mulher caída em meio a pratos quebrados e talheres em um dos corredores da casa onde moravam, no condomínio na rua Antônio Joaquim da Rosa, Jardim São Luiz (zona sul de São Paulo).
O sargento Nelson José de Brito, do 1º Batalhão, que foi ao local do crime, no condomínio Riviera Paulista, região da represa de Guarapiranga, disse que encontrou o pai do suspeito "transtornado".
Mauro Canônico não prestou depoimento porque, segundo consta no Boletim de Ocorrência, estava com o "estado psíquico alterado".
O caso foi registrado na central de flagrantes do 101º DP (Jardim das Imbuias).
A delegada responsável pelo caso disse que havia marcas de violência no pescoço da vítima e sinais de agressão na parte superior do corpo.
BANDA
A assessoria de imprensa do Falamansa informou que nenhum dos integrantes vai se pronunciar sobre o caso nem publicar nota oficial.
Um dos assessores não soube informar se a agenda de shows da banda sofrerá alterações. (FELIPE SOUZA)
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