Piggs Peak, Suazilândia – Depois que suas filhas morreram, Khathazile não hesitou em abrigar seus 11 netos. É isso que uma "gogo", ou vovó, faz nesse país, onde legiões de crianças ficaram órfãs em decorrência das maiores taxas de infecção pelo HIV do mundo.
Talvez. Mas Khathazile se preparou, caso a intervenção divina não venha: ela planta a Swazi Gold, um tipo de maconha extremamente potente e valioso, muito desejado no crescente mercado das drogas na vizinha África do Sul. Em um campo escondido na floresta, sobre uma distante colina em um rincão árido da pequena Suazilândia, Khathazile planta a Swazi Gold para alimentar, vestir e educar seus netos.
"Sem a maconha, nós estaríamos morrendo de fome", explicou Khathazile, que pediu para que usássemos apenas seu nome do meio.
Com a ajuda do cultivo da maconha, Khathazile está entre os milhares de lavradores que enfrentam as agruras da vida na zona rural desse reino ao sul do continente africano, de acordo com as equipe humanitárias. O povo local encara a maconha como um complemento extremamente necessário para sua renda, pois ela é uma planta relativamente resistente e fácil de cuidar.
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